A nutrição durante a fase gestacional é de muita importância, para o bebê, para garantir o bom crescimento, desenvolvimento e para que nasça saúdável e para a mãe, para evitar ou tratar problemas que podem aparecer como diabetes gestacional, hipertensão arterial, constipação, má digestão, náuseas, vômitos e ganho insuficiente ou excessivo de peso.
E se alimentar bem durante a gravidez não significa “comer por dois” e sim “comer para dois”, de forma que proporcione em qualidade, quantidade, variedade e equilíbrio, alimentos saudáveis para a mãe e para o bebê.
Para as nutrizes, mulheres que amamentam, o cuidado com alimentação também merece atenção. As necessidades de energia e outros nutrientes aumentam, pois o organismo produz leite. Além disso, o cuidado com a alimentação se faz necessário para que a mãe volte ao peso que tinha antes da gestação de forma saudável e gradual.
Atendimento Nutricional para Gestantes e Nutrizes
Gestantes
Avaliação e recomendações no período pré gestacional
Avaliação, recomendações e acompanhamento no período gestacional
Avaliação do consumo alimentar
Avaliação da composição corporal
Avaliação clínica
Verificação de exames laboratoriais
Elaboração de plano alimentar
Orientações e recomendações nutricionais
Reeducação alimentar
Orientações - Aleitamento materno
Nutrizes - Lactantes
Recomendações – Alimentação durante a amamentação
Acompanhamento para perda de peso
Orientações - Aleitamento materno
Nutrição do bebê no 1º ano de vida
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GESTANTES
A gestação é um peíodo de grandes transformações fisiológicas. Tem aproximadamente 40 semanas, e tem a finalidade de garantir o crescimento e desenvolvimento do bebê. As necessidades nutricionais aumentam, e são necessárias adpatações, para suprir essa necessidade, podendo ser necessária suplementação de alguns nutrientes como ferro e ácido fólico.
O estado nutricional da gestante e a ingestão alimentar adequada são fundamentais. A alimentação deve ser estabelecida, de acordo com o período de gestação, levando em consideração as alterações em cada um dos três trimestres.
A evolução da gestação pode ser dividida em três períodos:
- Primeiro trimestre: neste período é comum e frequente que as gestantes sintam náuseas e vômitos, principalmente pela manhã, fato que pode dificultar a alimentação. É aconselhável a ingestão de pequenas quantidades de alimentos a cada duas ou três horas.
- Segundo trimestre (13ª a 27ª semana) e o Terceiro trimestre (acima da 28ª semana): a ingestão de alimentos pode ser aumentada, pois é a partir desse período que há maior ganho de peso. Ocorre uma adpatação do organismo da gestante às repercussões do desenvolvimento do bebê.
O ganho de peso é normal e depende do estado nutricional pré gestacional e gestacional, ou seja, o acompanhamento e recomendações de ganho de peso durante a gestação depende do peso que a mulher tinha antes de engravidar, e do peso que ganhou durante a gestação, em cada trimestre ou semana.
Se a mulher não engordar o suficiente, pode correr o risco de o bebê nascer prematuro ou com baixo peso. Por outro lado, se o ganho de peso é excessivo, pode aumentar os riscos de problemas como dor nas costas, varizes, diabetes gestacional, parto prematuro, pressão alta e trabalho de parto prematuro.
É importante também, que a gestante faça o pré natal, o acompanhamento médico, desde os primeiros meses da gravidez. São realizados exames laboratoriais, ultrassonografias, acompanhamento de ganho de peso e recebem orientações gerais.
Contudo, a alimentação adequada, equilibrada e variada tem como objetivo garantir a saúde da mãe e do bebê durante a gestação, no nascimento e evita problemas de saúde.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Assistência Pré-natal. Manual técnico. Brasília; 2000.
Dutra-de-Oliveira JE, Marchini JS. Ciências Nutricionais. 3ª Edição. São Paulo: Sarvier,2003.
Galisa MS, Esperança LMB, Sá NG. Nutrição:conceitos e aplicações. São Paulo: M. Books; 2008.
Projeto Diretrizes – Terapia Nutricional na Gestação – Sociedade Brasileira Nutrição Parenteral e Enteral – Associação Brasileira de Nuitrologia. 2011
VITOLO, Márcia Regina. Da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Ed. Recihmann, 1998.
Nutriz é a mulher que amamenta no período que se inicia logo depois do parto até o desmame da criança.
Durante a gestação o organismo se prepara para a lactação. A mãe acumula uma grande quantidade de reservas lipídicas (gordura), principalmente no tecido adiposo que são utilizadas para satisfazer grande parte das necessidades energéticas da mãe e favorecer a produção de leite.
As necessidades nutricionais da mãe, principalmente de energia, proteinas, vitaminas e minerais aumentam no período de amamentação. O aporte adicional de energia depende do estado nutricional da mãe antes da gestação e do ganho de peso durante a gravidez.
Quando o organismo materno está se preparando para lactar, produzir leite materno, nem sempre consome a quantidade necessária de calorias. Se estiver amamentando, o organismo irá retirar da reserva acumulada. Se a amamentação for exclusiva, ou seja, se o bebê estiver consumindo apenas o leite materno, a quantidade retirada das reservas será maior. As mães que param de amamentar precocemente por algum motivo, conservam as calorias que seriam usadas para produzir o leite. Assim, a mãe conservará uma parte do peso que ganhou na gestação e demorará mais tempo para voltar ao peso pré – gestacional, que tinha antes da gravidez.
A maioria das mulheres querem perder, o mais rápido possível, os quilos que ganharam durante a gestação. As dietas muito restritas, para perda de peso rápida logo depois do nascimento do bebê, não ajudam a receber os nutrientes essenciais para a produção de leite, nem a manter a saúde, que são prejudiciais à mãe e ao bebê. A perda de peso deve ser gradual, de forma saudável e sabe-se que a amamentação colabora com a perda de peso.
Ao amamentar, se a mãe perceber algum efeito na criança de algum componente da sua alimentação, pode-se indicar retirar o alimento da dieta e reintroduzi-lo, e observar a reação da criança. Os alimentos imprópios variam de bebê para bebê por isso, é importante a mãe estar atenta as reações de seu filho e à sua alimentação.
Não são recomendáveis nesse período, as frituras, os alimentos que transmitam odor e sabor desagradável ao leite (alho ou cebola em excesso), alimentos que eventualmente possam causar intoxicações (ostras e mariscos), o fumo, as bebidas alcoólicas e o excesso de chá e café.
Mais de 80% do leite materno é constituído por água, portanto é muito comum as mães sentirem sede. Por isso, é importante o consumo de líquidos, principalmente água, e outros tipos como sucos de frutas naturais, leite, água de coco e chás (exceto mate e chá preto).
Referências:
Accioly E, Saunders C, Lacerda EMA. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2002.
Galisa MS, Esperança LMB, Sá NG. Nutrição:conceitos e aplicações. São Paulo: M. Books; 2008.
Programa de Mobilização e Educação para o Consumo Alimentar – Aleitamento Materno – Prefeitura de Belo Horizonte – 2010.
REA, Mariana F. Os benefícios da amamentação para a saúde da mulher, Jornal da Pediatria, v. 80, n. 5, 2004.
VITOLO, Márcia Regina. Da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Ed. Recihmann, 1998.